quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Recordar é viver


Olá pessoal. Como estão?

Neste primeiro post aqui para o Jo Ferraz Blog terei a missão de falar sobre o dia das crianças. Sim, neste sábado (12/10) é o dia deles. Deles? Ué o dia também é nosso, não é verdade?

Tudo bem que ao longo dos anos a gente vai perdendo aquela inocência típica da garotada, mas as gargalhadas e os sonhos ficarão para sempre ou deveriam ficar.
Quem não sente falta daquela fase arteira, correr, pular, chorar para não comer aquela verdura que a “mama” ou o “papis” tanto diziam, “Você precisa comer, faz bem”. Colocar a culpa no irmão mais velho para não apanhar ou às vezes nem era necessário, regalias de um caçula.

Aquele fôlego e vontade de brincar que os nossos pais não sabem até hoje de onde tirávamos tanta disposição. Ao mesmo tempo em que somos tão pequenos e indefesos para saber os perigos do mundo que estão em nossa volta.
Ao escrever este texto é quase impossível não passar um filme na memória. Eu era muito chorão (aliás, ainda sou) e me recordo até hoje das vezes que meu pai me enganava. Isto mesmo leitor. Não recordo o ano, meu “velho” me levava ao colégio das freiras. Muito bem, ao chegar ele me deixava com uma das funcionárias e eu desesperadamente já o questionava.

E aonde você vai? Ele tinha sempre a resposta na ponta da língua. “Vou entrar pela porta dos fundos”. Pura inocência eu acenava a cabeça em concordância com um simples, “ok”.
É claro que ele ia trabalhar e me deixava com as freiras. Ao saber disto, eu chorava e chorava copiosamente, até se acostumar com a ideia.

Chegada à época da escola, “coleguinhas”, professores e um tempo que infelizmente não volta mais. Sim, eu sinto muitas saudades. Histórias, gargalhadas, campeonato de futebol, a expectativa das provas, ou melhor, o medo delas.
Jogar bola dentro de casa com meu irmão. Fazer do sofá um “gol”, isto mesmo, para a nossa imaginação aquilo poderia ser tudo, menos um sofá. Era só esperar os pais saírem, para a bola “comer solta” na sala. Tudo bem que de vez em quando a gente quebrava alguma coisinha da estante. O jeito era esconder para que nossos “papis” não descobrissem nada.

E como o tempo passa amigos. Neste momento estou aqui exatamente na sala de casa, dou uma pausa, e parece que foi ontem, os olhos chegam a lacrimejar. Saudades desta época.
Além das brigas entre os irmãos, que, diga-se de passagem, não foram poucas. Escolher o time do coração. Ver o pai gritar gol e ir ao embalo sem saber o motivo de tanta gritaria.

Enfim, viva bastante este dia das crianças ou todos os dias porque não.

Você que é pai, recorde as histórias. Ligar para aquele amigo de infância e tirar o bom e velho “sarro”. O gesto ainda é válido.

E você jovem, aproveite.

Você fará ou reclamará de coisas que só entenderá quanto realmente estiver do outro lado da moeda. Então brinque e viva com intensidade e responsabilidade.
Este texto é para todos. Você que está lendo e eu aqui escrevendo. O sobrinho (a), o neto (a), o filho (a), o tio, a tia, o vovô, a vovó, enfim, todos mesmo.

Lembre-se, “Todos têm uma criança alegre dentro de si, mas poucos a deixam viver”. (Augusto Cury).

Deixe que ela viva eternamente.

Paz e bem!

Até a próxima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para mim, tentarei responder o mais rápido possível.

Obrigada!